terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

SOBRE O AMOR E O ATO DE SER EGOÍSTA



Porque eu sou egoísta. Por isso eu magoo, eu quero tudo pra mim, e eu acho que as pessoas que amam, amam dessa forma também. Não há como acreditar no amor sem querer para si o que é do outro (sentimento) ou o próprio outro. É aí que a dor cai. E demora cicatrizar, porque a gente mesmo refaz o corte todos os dias, num martírio cotidiano de lembranças e arrependimentos. O pior é quando você se dá conta que é um objeto do amor do outro, ou simplesmente uma ponte para que o outro encontre um amor por aí. Eu acredito que quando uma pessoa ama o outro, ela ama o que ela acha dela no outro. Em características, em entendimento, em cumplicidade. Essa história de que os opostos se atraem nunca me convenceu. Eu nunca gostei de pessoas avessas a mim. Gosto daquela identidade, que depois vira pele. E mais uma vez eu chego a conclusão que o amor é um sentimento possessivo. Não devia ser, mas é. Fazer o quê?



*Karine Insuela é professora em Goiânia e chegou a essa conclusão depois dos caracteres de "Closer - perto demais", embora essa tese ela já tinha pré-estabelecida na cabeça há alguns anos.

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